OK eu Sou lento
OK Eu tinha feito nos 2 Dias anteriores dois treinos de estrada: 1 de 30KM com um Acumulado Brutal, e outro de 70KM com um Vento fortissimo, em que na recta de Vialonga nem dava para ir de talega, e Atravessando a Serra de Alhandra, Serra de Arruda, Serra de Bucelas, e Subida a Montemor.
Acho que estava um pouquinho cansado.....
O Track está mesmo completo!
Quanto á minha veia de escritor, hoje tenho de dar a mão á palmatória, a tua descrição está Excelente!
AHHH QUASE QUE ME ESQUECIA,.......Ontem foram 139KM em Estrada em 5H30m
, Parte deles desde Torres até Odivelas
Se quiseres vai ao Mycyclinglog, e vê quantos KMs já o Pguedes fez este Mês, e nos dias anteriores ao nosso passeio
Aqui Fica o Relato do Sérgio:
No passado dia 25 de Agosto decidi fazer uma volta de preparação para o Extreme Xûres/Gerês que terá 118km e mais de 3.000m de acumulado. O objectivo era fazer muitos kms (à volta de 100) e bastante acumulado, o máximo possível, subindo tudo ou quase tudo o que há para subir na minha zona (Torres Vedras) e arredores.
Para este dia convidei o "tenrinho" Pguedes que aceitou o desafio
Do que fizemos pouco ou nada conhecia, apenas tinha dado umas voltas nas imediações, mas estava decidido a explorar a zona, indo para as serras junto à A8 com o pensamento de um dia fazer a ligação T.Vedras/lisboa de BTT
A partida pelas 08h15 e a chegada por volta das 18h00 foi na minha aldeia (Ordasqueira) a 3km de Torres Vedras. Começamos por subir em direcção a um dos fortes das linhas de torres, ou o que resta dele
que dista apenas 1 km da minha casa, depois descemos junto à A8 em direcção a Torres Vedras, onde apanhamos um single que nos leva directamente aos Cucos, local onde outrora resplandesciam umas termas e em cuja serra se encontram umas belas subidas e não menos apeteciveis descidas
já para não falar que tem um parque ou lá o que é aquilo (diversos trilhos) repletos de saltos, rampas, etc. para o pessoal do DH
aos "engenheiros" destes caminhos os meus parabéns (que trabalheira deve ter dado fazer aquilo
), pena que me pareça que alguns locais estejam a precisar de manutenção.
Aqui se deu o primeiro "empate" do dia... 1 furo ou antes 2 na bike do Guedes!
Ahhhhhhhhh! já me esquecia de dizer que este "cromo" vai para os passeios já com furos lentos só para depois parar (para recuperar das subidas) a encher os pneus
mas de facto teve azar e 2 espinhos cravados na roda fizeram-no mudar a camara e passados 20 minutos, sim o Guedes demora 20' a mudar uma camara
lá seguimos destino.
Na serra dos Cucos passamos cerca de 2 horas em sobe, sobe, sobe e desce, desce, para ficar a conhecer bem os cantinhos daquilo, depois seguimos então para a zona junto à A8 e lá fomos explorar mais uns montes em direcção a T.Vedras, subimos mais e mais e descemos um corta-fogo de tirar a respiração tal a inclinação da coisa, em que os travões no máximo mesmo assim quase não davam conta e por pouco não tive de apear... o mesmo não posso dizer do meu companheiro que lá pegou na "âncora" à mão para chegar ao fim da descida sem "provar" o terreno
.
No final desta soberba descida tinhamos 2 hipóteses, continuar a descer por um trilho agora mais fehado e o qual se desconhecia o fim ou subir por outro, na continuação da descida e com o mesmo grau de inclinação que para mim me parecia bem na casa dos 20%.
E qual foi a opinião do Guedes??? Subir nem pensar
vamos descer o resto... e que decisão!
passados cerca de 100/150m entramos num single "fabulástico" pena ser a subir e cheio de pedra (nalguns locais) e com muitos mas muitos arbustros silvestres que nos deixaram bem arranhados
. foram para ai 1,5km (digo eu) com a bike quase sempre à mão e mesmo assim ai! ai! ai! que pica!
mas no fim daquele sofrimento fiquei com vontade de fazer aquilo a descer mas só depois de passar lá mais uns companheiros (voluntários aceitam-se) para fazer uma limpeza, pois do pouco que conheço naquela zona pareceu-me um dos melhores trilhos técnicos (em potência) que já fiz. è caso a
hajam voluntários e vamos lá numa manhã limpar o trilho para depois o curtir em grande
depois deste momento menos agradável lá continuamos, agora a pedalar em direcção à cidade e de um dos montes vizinhos fomos dar mesmo ao centro de Torres para surpresa minha que pensava estar um pouco mais à frente
. seguiu-se um pouco de estrada até à zona do Catefica, aqui regressamos aos trilos em direcção ao Figueiredo (zona dos moínhos de vento junto à A8) de onde se avista uma imensidão de lugares e pequenos montes, sempre com a A8 por perto e a servir de guia para nos dirigirmos em direcção à capital.
No fim desta zona de parque éolico já viamos a serra do Socorro (2º ponto mais alto da Estremadura a seguir ao Montejunto) e após mais uma descida agreste lá nos dirigimos a mais uma daquelas subidas de "matar" as pernas, no entanto mesmo antes de iniciarmos a dita subida, eis que um momento de distração (de ambos os companheiros de pedaleio) levou ao momento mais desagradável do dia
sim uma queda, logo daquelas estúpidas e sem nexo nenhum, ou antes das que se podiam evitar com um pouco mais de concentração que por irmos só os dois não existiu e o há vontade foi tanto que na parte final de uma descida ligeira em estradão o Guedes inicia uma viragem à direita, comigo práticamente a seu lado (talvez 1 roda mais atrás) sem se aperceber da minha localização e eu, convencido que o caminho seria em frente vejo-me surpreendido pelo subito fechar de trajectória do Guedes, pelo que comecei a travar, observando a sua máquina e a pouca distância que estava da minha, travando ainda mais forte na esperança que a diminuição subita de velocidade desse tempo para que a sua bike passa-se por completo á minha frente permitindo que eu seguisse em frente sem lhe tocar o que poderia levar à queda dos dois. Num ultimo momento ao ver a minha roda da frente a escassos centimeros da sua roda de trás, tentei mudar de direcção para a esquerda e assim cruzar-me com a traseira dele sem nos tocarmos, mas a coisa correu mal e lá fui baptisar a Scalpel e o equipamento que trazia
Depois de como bom portuga que sou descarregar a minha fúria pelo sucedido, lá avaliei os estragos que não foram nada de especial, selim ligeiramente esfolado, pedal esquerdo um pouco mais riscado que o que já estava e punho esquerdo também ligeiramente danificado bem como o aperto da roda traseira. No equipamento um buraquito nos calções (logo nos melhores
) e alguns no jersey. O telemóvel que estava num dos bolsos do jersey escapou por pouco mas o saco que o envolvia ficou desfeito. Ahhhhh! eu para a minha ainda curta colecção de tatuagens betetisticas fiquei com uma pequena escoriação no "traseiro" do lado esquerdo e o pulso (agora já não me lembro qual) um pouco dorido que passados 2 dias já não doía.
Para espanto meu e durante a nossa "discussão" sobre o sucedido o guedes disse que não se apercebeu que eu estava tão perto quando começou a virar e que só deu conta quando eu cai
mas mesmo sem ter visto a cena toda que eu acabei de descrever, achava com base na sua observação atenta do filme todo
que eu me tinha assustado, travando demais e por isso caira e não para evitar um toque que podia ser
para os dois. Enfim discussões de amigos que já se conhecem um pouco e que em nada afecta a nossa amizade, até porque numa futura ocasião pode ser que seja a vez dele de ir aos verdes
Ahhhhhhhhhh não te esqueças que me deves um patch para os calções
Passados alguns minutos e a "azia" pelo sucedido lá iniciámos a subida à serra do Socorro
e depois de um suposto engano inicial em que voltamos para trás lá acabamos por fazer a subida em paralelo em vez da prometida (pelo Guedes) subida técnica em terra. Foram uns quantos kms sempre a subir até ao alto onde encontrei para surpresa minha (o Guedes já conhecia) um local aprazível para umas almoçaradas ao fim-de-semana ou para abastecimento nestas pequenas aventuras. Simpatia e boa disposição para além de duas sandochas recheadas com um belo cozido à portuguesa foi o que nos foi proporcionado e durante largos minutos esquecemos as bikes, ou quase pois lá fomos seendo abordados pelos clientes daquele espaço sobre o preço das bikes ou o porque de eu ter "só um garfo" na minha
houve até quem me questionou se eu não tinha idade para ter juízo por causa do custo da Scalpel
bem a resposta que devia ter saído era outra mas... digamos que fui diplomata!
Ok voltando ás pedaladas seguiu-se a descida quase em caracol, serpenteando a serra num piso em macdame bem arranjado. depois ainda andamos um pouco às voltas e passamos por umka daquelas urbanizações de luxo que pululam no nosso país para os "camones" passarem as suas férias ou gozarem a reforma, sim porque duvido que naquele espaço existam muitos "portugas" com bolsa para aquelas mordomias, campo de golfe, etc. mais aklguns kms em estrada e lá regressamos à zona dos cucos com o objectivo de passar pela minha casa e reabastecer de liquidos (Isostar fresquinho esperava no frio) para de seguida mudarmos de cenário e ir lá para os lados Norte/Nordeste da minha aldeia em direcção a mais serras e com uma passagem pela Merceana para fazer uma breve visita ao Norberto.
Saimos da minha casa em direcção ao Sarge e depois dirigimo-nos a Monte Redondo, onde fizemos mais uma paragem forçada pois cruzamo-nos com um colega betetista daquela aldeia e aproveitei para por a conversa em dia e combinar umas voltas com o grupo de BTT da terra.
ficou prometido quando tiver um fsm livre às 09h lá estarei.
Para somar mais uns metros de acumulado escolhi depois uma das subidas mais longas que conheço na zona em alcatrão e desde a lobagueira até ao alto da Ereira lá foram cerca de 3,5 km com uma boa inclinação e onde mais uma vez tive de fazer algumas "piscinas" para não ficar parado à espera do Guedes
. no alto da Ereira àgua fresquinha da fonte e lá me apercebi que realmente o meu companheiro não dava muito mais que aquilo, também ninguém o mandou pedalar tanto no dia anterior
por isso a partir dai lá reduzi o ritmo, mais ainda
e procurei não subir muito mais, tendo-nos dirigido à Merceana onde chegamos já pelas 16/16h30
eu! pois devido ao facto de não levarmos conta km eu nem relógio os timings poderão estar um pouco desviados da realidade
O norberto lá nos esperava na B.Duran e após dosi dedos de conversa e nova discussão sobre "culpas" na queda ocorrida
procurando cada uma das partes justificar o injustificável ou seja a culpa foi tua Guedes e pronto!
e mais uma vez o Guedes ter enchido os pneus
lá fomos a pedido do guedes pelo caminho mais curto... ou não! de regresso ao ponto de partida sempre pela N8, mas como eu ainda não estava satisfeito apesar de já termos cerca de 11h a pedalar (contadas as paragens, etc. e tal) quase, quase a chegar lá fiz um pequeno desvio para curtir mais um pouco de mato e entrei junto ao que nós chamamos de encosta do "barrigudo" em direcção à Ribeira de Matacães.
mas estes kms para o guedes já eram a mais e lá ia a pouco e pouco arranjando umas desculpas para ficar parado
1º "saltou-me a corrente" dizia ele depois de eu ter estado alguns minutos à espera, depois estou com fome, deixa-me comer estas amoras", mais parecia um "burro" a comer palha e eu o "dono2 do burro a tentar fazer com que ele saisse do mesmo sítio, mas nada feito, o gajo é mesmo mais teimoso que a Euribor
passado pouco tempo lá chegamos a Matacães, cuja estória sobre o nome foi-me contada da seguinte forma: no tenmpo das invasões Francesas e das linhas de Torres parece que nos fortes das redondezas se dizia "matem-me esses cães" aludindo aos invasores
(não sei se é verdade mas...) ok mais um single a descer uma volta ás vinhas em redor da minha aldeia e já está
Eram quase 18h00 e seguiu-se a lavagem da bike e as despedidas do Guedes, depois o banho e o sofá
no entanto fiquei com a sensação que este treino soube a pouco:
- 1º porque para o tempo total (quase 12h) foram poucos kms (83km???), os ??? são porque me parece que no gráfico feito pelo Guedes com o GPS do telemóvel falta a parte final que fizemos... ou não!
apesar do excelente acumulado e que sinceramente não me tinha parecido nada de especial, mas só em 83km cerca de 2.400m de subidas é impressionante
- 2º como não conheço bem a zona (estive a morar noutro lado desde que faço BTT até há pouco tempo) acho que há trilhos mais espetaculares para fazer e podem-se evitar algumas das partes feitas em estrada.
Ahhhhhhhhhhh! o gráfico é este:Esperem por mais uns treinos/voltas na zona e daqui por uns meses sai mais um EXTREME PROJECTISTA denominado "À Volta da minha aldeia"
ou um "Torres/Lisboa por arredores da A8" ou porque não os dois
PS:
a seca
mas à falta de fotos foi a forma que encontrei para descrever este dia.
Ahhhhhhhh Guedes, venha lá dai essa tua veia jornalística sobre esta volta
Ahhhhhhhh! obrigado aos que "trataram do Track"